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Henrique Granhen
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Os bairros de Marituba
A ocupação de Marituba deu-se antes da chegada da Estrada de Ferro de Bragança, porém, não se tem registro oficial de tais moradores e, neste caso, é preferível tomar como ponto de partida o momento em que os ferroviários chegaram a Marituba e passaram a morar na então vila operária.
Os ferroviários chegaram por volta do ano de 1906, fixando-se definitivamente em medos de 1920, com instalação da 3º Divisão. Vinte e duas famílias ocuparam a vila operária.
Já na década de 40, chegaram a Marituba os hansenianos, que ocuparam a área até hoje conhecida como Colônia de Marituba, embora seu nome já tenha sido mudado para bairro Dom Aristides. Pavilhões foram construídos para abrigá-los, e os mesmos possuíam um local específico para assistência médica. O número exato de hansenianos que vieram para Marituba é desconhecido, contudo, é sabido que posteriormente vieram famílias de hansenianos e, os que já estavam aqui, formaram as suas.
A partir da década de 80 uma onda de ocupações (invasões) é desencadeada em Marituba. As primeiras ocupações ocorreram justamente na divisão entre a então vila de Marituba e o município de Benevides, formando um “bolsão de invasões”. Neste ponto surgiram os bairros Nova União, Novo Horizonte, ASPA, São Francisco, Bairro Novo (atualmente denominado de Bairro Nossa Senhora da Paz).
Outros bairros existentes em Marituba: Centro (o mais desenvolvido), Residencial Almir Gabriel (antes Che Guevara), Uriboca, Novo Uriboca, Decouville, Parque das Palmeiras, Pirelli, Nova Marituba, Santa Lúcia, São João, Pedreirinha, São José, Dom Aristides, Mirizal, Kananga do Japão, dentre tantos outros.O ligeiro crescimento de Marituba se deu pela falta de espaço para o crescimento da capital Belém e Ananindeua. Com o rápido inchaço da cidade, os limites do município começam a ser extrapolados, chegando a vizinha Benevides.
As ocupações dos terrenos maritubenses levaram ao crescimento demográfico da antiga vila e, em contrapartida, aumentaram-se os problemas sociais.
Marituba é um dos menores municípios do Estado, porém, possui a terceira mais elevada taxa de densidade demográfica do Pará. São 443,24 hab./km², enquanto a média estadual é de somente 4,49 hab./km².
Os dados de Marituba
LOCALIZAÇÃO
O Município de Marituba está localizado na mesorregião metropolitana de Belém. É o Município com menor extensão territorial do Estado, com 103,34 quilômetros quadrados, onde abriga uma população de 108.251 habitantes (segundo dados do Censo 2010), distribuídos em 53.880 homens (49,77%) e 54.371 mulheres (50,23%), e que cresce a uma taxa anual de 3,27%.
Sua densidade demográfica é a terceira mais elevada do Pará, aproximada 443,25 hab./km². A maioria de seus habitantes, devido a escassez de emprego, trabalha em Belém.
Marituba dista 5km de Ananindeua e 7Km de Benevides. No caso de Belém, o percurso pode ser feito pela rodovia BR-316 em 18 minutos (dependendo das condições de tráfego) ou em 45 minutos em um ônibus de linha.
Marituba está interligada à nossa capital tendo como principal via a BR-316. É importante que se diga que a nossa região metropolitana estende-se até o município de Santa Bárbara. A Região Metropolitana de Belém situa-se no nordeste paraense e abriga os menores e mais populosos municípios do estado do Pará.
CLIMA
O clima é tropical úmido, cuja temperatura durante todo o ano chega em média a 26ºC. Os meses mais quentes estão compreendidos entre agosto e dezembro. Nessa época, a média das máximas chega a 32ºC, e a média das mínimas chega a 22ºC. Sua precipitação pluviométrica média anual atinge 2.500mm. A umidade relativa do ar chega a 85%.
As chuvas não se distribuem igualmente por todo o ano e apresentam maior incidência nos meses compreendidos entre janeiro e junho.
RELEVO
O relevo do município de Marituba é o mesmo encontrado em toda a área da microrregião de Belém, representado por sedimentos terciários, da formação Barreiras, constituídos por arenitos, siltitos e argilitos, e pelos sedimentos inconsolidados do quaternário subatual e recente.
A pobreza das formas de relevo coincide com a simplicidade da estruturação geológica, onde a paisagem apresenta níveis de baixos tabuleiros aplainados, terraços e várzeas. Morfoestruturalmente, seu relevo faz parte do Planalto Rebaixado da Amazônia (Baixo Amazonas).
HIDROGRAFIA
A hidrografia do Município é representada por vários rios importantes, como o Benfica, ao norte, e o Guamá, no extremo sul, sendo as terras de Marituba drenadas pela bacia desses rios. Na bacia do rio Benfica destaca-se o rio Mocajatuba, limítrofe com o município de Ananindeua, através do qual se faz o transporte de matérias-primas e materiais para construção, assim como pelo próprio rio de Benfica. No tocante à bacia do rio Guamá, esta não recebe nenhum rio importante, mesmo porque é pequena a sua distribuição geográfica no município de Marituba. Os demais cursos d'água, de ordens inferiores, quer da bacia do Benfica, quer da bacia do Guamá, são utilizados para transporte por barco de pequeno calado, construção de barragens, como a da fazenda Guamá, lazer e pesca de auto-consumo.
Os igarapés mais importantes de Marituba são: Oriboca, Itapepucu e Ananindeua.
Os igarapés mais importantes de Marituba são: Oriboca, Itapepucu e Ananindeua.
GEOLOGIA/SOLO
Os solos de Marituba de maior importância, pela extensão que ocupam são: Latossolo Amarelo e Concrecionários Lateríticos.
O primeiro é constituído de solos minerais, não hidromórficos, altamente intemperizados, profundos, bem drenados, com textura dominantemente média, fortemente ácidos, de baixa fertilidade natural e encontrados em relevo suave ondulado. O Concrecionário Laterítico compreende solos minerais, não hidromórficos, medianamente profundos ou profundos, bem drenados, com textura média e encontrados, normalmente, na parte superior do terreno.
Sob o ponto de vista agrícola o Latossolo Amarelo apresenta boas propriedades físicas, com restrições quanto à fertilidade. Logo, para a agricultura só é favorável se utilizadas técnicas agronômicas, como o uso de sementes melhoradas, aplicação de corretivos e fertilizantes e práticas agrícolas adequadas. O Concrecionário Laterítico, além da baixa fertilidade natural, possui concreções ferruginosas que dificultam o desenvolvimento das raízes e uso de implementos agrícolas.
VEGETAÇÃO
A vegetação é representada, predominantemente, pela floresta secundária proveniente da remoção da cobertura florestal primária (floresta densa de baixo platô) para a implantação de cultivo de subsistência e implantação de pastagens cultivadas.
Ao longo das margens dos rios, encontra-se, ainda preservada, a mata de galeria, a floresta de várzea e a floresta de mangues.
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